Acessibilidade Web e Tecnologias de Apoio
Produtos de apoio para a cegueira e baixa visão
Apresento, de seguida, um trabalho subordinado ao tema: “Produtos de
apoio para a cegueira e a baixa visão”. Nesta apresentação, ainda que de forma
muito superficial porque o mundo da tiflotecnologia é muito vasto, apresento um
conjunto de recursos direcionados para a cegueira e baixa visão. Estruturei a
minha abordagem da seguinte forma: tentei explicar o que são produtos de apoio
e elucidei como chegar a eles, fiz uma curta viagem pela legislação aplicável a
este assunto e elenquei de seguida um conjunto de produtos para a cegueira e para
a baixa visão. No final da minha apresentação elenquei um conjunto de
organizações, entidades e empresas que poderão ser úteis a quem trabalha com
esta problemática da deficiência visual.
Link para ir direto para o Slideshare:
http://pt.slideshare.net/nandoslide/produtos-de-apoio-para-a-cegueira-e-baixa-viso
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http://pt.slideshare.net/nandoslide/produtos-de-apoio-para-a-cegueira-e-baixa-viso
Aproveitar ao máximo a baixa visão com o auxílio dos produtos de apoio
As
famílias, os professores e os técnicos que vivem e trabalham com crianças ou
adultos com deficiência visual, concretamente com uma baixa visão que está no
limiar da cegueira, em algum momento das suas vidas vão ser confrontados com
uma questão que lhes tirará noites de sono: e agora … escrita a negro ou o
braille? Esta questão não pode ser vista de uma forma simplista, não é apenas o
como se escreve, é antes o como se tem acesso à escola, ao mundo do trabalho, à
cultura, à sociedade, … enfim, … vamos viver o futuro com a visão que ainda nos
resta ou vamos assumir uma postura de espécie de “falsos cegos”.
Antes de continuar permitam-me aqui uma espécie de declaração de interesses. Não tenho nada contra o braille, um sistema universal de leitura e escrita para cegos fantástico, muito útil e versátil para os cegos mas, neste texto, não é de cegos que vos falo. Penso naquelas pessoas que ainda têm algum resíduo visual, alguma visão funcional e como tal acredito e defendo que se a medicina e a oftalmologia nada tiverem a opor, se a saúde visual do individuo não correr riscos, devemos potenciar essa pouca visão recorrendo a um conjunto de produtos de apoio que existem no mercado e estão aí para minimizar as incapacidades dos indivíduos.
Tempos houve em que o sistema de ensino português não tinha respostas porque a tecnologia também não as tinha e, portanto, “impunha” o braille aos estudantes e suas famílias sob pena dos alunos não poderem prosseguir estudos. Naturalmente, quem aprendeu braille, mesmo não necessitando dele, ficou com mais uma competência e por isso não há mal algum que venha ao mundo. Mas essa aprendizagem muitas vezes intrometeu-se no normal percurso académico dos estudantes e fê-los começar quase tudo de novo. Foi como que voltar à escola primária no sexto ou sétimo ano.
Hoje os ventos de mudança trazem-nos muita tecnologia. Desde lupas óticas, lupas eletrónicas, telescópios, ampliadores portáteis, ampliadores de secretária, softwares de ampliação para computadores, smartphones ou tablets, temos toda uma parafernália de equipamentos à disposição onde, certamente, encontraremos a solução ou soluções adequadas para o nosso aluno. Costumo sempre lembrar que um docente de educação especial tem um papel importantíssimo porque uma decisão errada pode tolher o futuro de um ser humano e refiro, sempre que escrevo sobre estas coisas, se não sabemos, se nos sentimos inseguros numa decisão ou aconselhamento a uns pais de um menino ou jovem com baixa visão, deveremos pedir ajuda a quem sabe mais do que nós, a quem tem mais experiência do que nós. Acresce que atualmente existem consultas de baixa visão em alguns grandes hospitais públicos portugueses, as próprias empresas que representam estes produtos fazem demonstrações e formações sobre o funcionamento dos mesmos, ou seja, só não nos informamos se não quisermos.
Voltando à questão, para concluir, escrita a negro ou braille? Uma das variáveis mais importantes nesta equação são os produtos de apoio e as tecnologias. Portanto, este fator deve pesar bastante numa decisão em equipa.
Realizei um modesto e singelo vídeo onde apresento um produto de apoio, um ampliador eletrónico de secretária, onde demonstro o seu funcionamento e algumas das suas potencialidades. Não o fiz com qualquer intenção em promover este modelo ou o seu fabricante, simplesmente o escolhi por ser bastante completo e estar à mão. Agradeço a quem nunca viu um ampliador a funcionar ou a quem se interessa por estas questões o favor de visualizar o vídeo abaixo. Terei muito gosto nisso. Obrigado!
Antes de continuar permitam-me aqui uma espécie de declaração de interesses. Não tenho nada contra o braille, um sistema universal de leitura e escrita para cegos fantástico, muito útil e versátil para os cegos mas, neste texto, não é de cegos que vos falo. Penso naquelas pessoas que ainda têm algum resíduo visual, alguma visão funcional e como tal acredito e defendo que se a medicina e a oftalmologia nada tiverem a opor, se a saúde visual do individuo não correr riscos, devemos potenciar essa pouca visão recorrendo a um conjunto de produtos de apoio que existem no mercado e estão aí para minimizar as incapacidades dos indivíduos.
Tempos houve em que o sistema de ensino português não tinha respostas porque a tecnologia também não as tinha e, portanto, “impunha” o braille aos estudantes e suas famílias sob pena dos alunos não poderem prosseguir estudos. Naturalmente, quem aprendeu braille, mesmo não necessitando dele, ficou com mais uma competência e por isso não há mal algum que venha ao mundo. Mas essa aprendizagem muitas vezes intrometeu-se no normal percurso académico dos estudantes e fê-los começar quase tudo de novo. Foi como que voltar à escola primária no sexto ou sétimo ano.
Hoje os ventos de mudança trazem-nos muita tecnologia. Desde lupas óticas, lupas eletrónicas, telescópios, ampliadores portáteis, ampliadores de secretária, softwares de ampliação para computadores, smartphones ou tablets, temos toda uma parafernália de equipamentos à disposição onde, certamente, encontraremos a solução ou soluções adequadas para o nosso aluno. Costumo sempre lembrar que um docente de educação especial tem um papel importantíssimo porque uma decisão errada pode tolher o futuro de um ser humano e refiro, sempre que escrevo sobre estas coisas, se não sabemos, se nos sentimos inseguros numa decisão ou aconselhamento a uns pais de um menino ou jovem com baixa visão, deveremos pedir ajuda a quem sabe mais do que nós, a quem tem mais experiência do que nós. Acresce que atualmente existem consultas de baixa visão em alguns grandes hospitais públicos portugueses, as próprias empresas que representam estes produtos fazem demonstrações e formações sobre o funcionamento dos mesmos, ou seja, só não nos informamos se não quisermos.
Voltando à questão, para concluir, escrita a negro ou braille? Uma das variáveis mais importantes nesta equação são os produtos de apoio e as tecnologias. Portanto, este fator deve pesar bastante numa decisão em equipa.
Realizei um modesto e singelo vídeo onde apresento um produto de apoio, um ampliador eletrónico de secretária, onde demonstro o seu funcionamento e algumas das suas potencialidades. Não o fiz com qualquer intenção em promover este modelo ou o seu fabricante, simplesmente o escolhi por ser bastante completo e estar à mão. Agradeço a quem nunca viu um ampliador a funcionar ou a quem se interessa por estas questões o favor de visualizar o vídeo abaixo. Terei muito gosto nisso. Obrigado!
Notícias
Assim como você (22 de abril de 2014)
Aplicativo promete revolucionar inclusão na cultura
Por Jairo Marques
10/04/14 09:30
Imagine você cegão ou você surdão ter ao alcance das mãos a chave para ver espetáculos culturais sem ter de ficar espichando o olho até aquela mocinha na frente do palco fazendo a tradução para libras ou sem receber aqueles fones de locutor de corrida de cavalo para receber a descrição das cenas (audiodescrição). Poi zé, meu povo, o futuro já chegou e você ainda está ai vestindo a camisa por dentro da calça. Um aplicativo totalmente "ispiciar", como diria minha tia Bolsinha, está sendo lançado hoje no Brasil e promete virar o conceito de acessibilidade na cultura de ponta cabeça!
O "Whatscine" é um programa para ser baixado em telefones celulares ou tablets e que vai fazer a audiodescrição, a tradução para a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a subtitulação das falas (as legendas, mecanismo importante para surdos chamados "oralizados" e que não fazem uso dos gestos) de grátis e de maneira simples.
"Mas tio, como vai funcionar essa modernidade toda?"
Primeiramente, o brasileiro baixa o programa em seu smartphone na faixa (nas lojas dos seus respectivos sistemas operacionais), depois, conecta-se à rede sem fio específica do programa (o local da exibição deve ter feito a parceria de acessibilidade), depois as legendas e a tradução em Libras vão aparecer na tela do "celu". Para a audiodescrição, é preciso ter o seu fone de ouvido.
"Causo de quê cê acha isso revolucionário?"
Atualmente, para ter todos esses recursos é uma apresentação de dança, por exemplo, é preciso uma logística grande. Colocar essas ferramentas à mão do "malacabado", na boa, facilita pra dedéu. O poder de ter a ferramenta que inclui sai do ambiente e passa diretamente para a pessoa com deficiência, de forma prática! Claro que vai haver quem ache que levar celular ao cinema ou teatro é "over", mas, ninguém vai usar o aparelho para atrapalhar o outro, vai usar com discrição e cada um no seu quadrado.
Num futuro próximo, óculos poderão substituir os celulares e aí tá tudo resolvido. Por enquanto, vamos festejar esse ganho! O Whatscine é um projeto global que estreou ano passado na Espanha, já chegou ao México e hoje nasce no Brasil, durante a exibição do filme "Hoje eu quero voltar sozinho", no cine Frei Caneca, em São Paulo, em todas as sessões! A iniciativa é tocada pela ONG " Mais Diferenças " e promete fazer barulho. Quando mais produtores de filmes, espetáculos teatrais e eventos culturais entenderam a importância do "lance", mais pessoas terão acesso ao conteúdo cultural, que é direito de todos. Passo importante agora é que as redes de cinema, os teatros e as salas de exibição artísticas entendam o benefício do sistema, que acolhe milhares de pessoas, e passem a aderir a ele.
Aplicativo promete revolucionar inclusão na cultura
Por Jairo Marques
10/04/14 09:30
Imagine você cegão ou você surdão ter ao alcance das mãos a chave para ver espetáculos culturais sem ter de ficar espichando o olho até aquela mocinha na frente do palco fazendo a tradução para libras ou sem receber aqueles fones de locutor de corrida de cavalo para receber a descrição das cenas (audiodescrição). Poi zé, meu povo, o futuro já chegou e você ainda está ai vestindo a camisa por dentro da calça. Um aplicativo totalmente "ispiciar", como diria minha tia Bolsinha, está sendo lançado hoje no Brasil e promete virar o conceito de acessibilidade na cultura de ponta cabeça!
O "Whatscine" é um programa para ser baixado em telefones celulares ou tablets e que vai fazer a audiodescrição, a tradução para a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a subtitulação das falas (as legendas, mecanismo importante para surdos chamados "oralizados" e que não fazem uso dos gestos) de grátis e de maneira simples.
"Mas tio, como vai funcionar essa modernidade toda?"
Primeiramente, o brasileiro baixa o programa em seu smartphone na faixa (nas lojas dos seus respectivos sistemas operacionais), depois, conecta-se à rede sem fio específica do programa (o local da exibição deve ter feito a parceria de acessibilidade), depois as legendas e a tradução em Libras vão aparecer na tela do "celu". Para a audiodescrição, é preciso ter o seu fone de ouvido.
"Causo de quê cê acha isso revolucionário?"
Atualmente, para ter todos esses recursos é uma apresentação de dança, por exemplo, é preciso uma logística grande. Colocar essas ferramentas à mão do "malacabado", na boa, facilita pra dedéu. O poder de ter a ferramenta que inclui sai do ambiente e passa diretamente para a pessoa com deficiência, de forma prática! Claro que vai haver quem ache que levar celular ao cinema ou teatro é "over", mas, ninguém vai usar o aparelho para atrapalhar o outro, vai usar com discrição e cada um no seu quadrado.
Num futuro próximo, óculos poderão substituir os celulares e aí tá tudo resolvido. Por enquanto, vamos festejar esse ganho! O Whatscine é um projeto global que estreou ano passado na Espanha, já chegou ao México e hoje nasce no Brasil, durante a exibição do filme "Hoje eu quero voltar sozinho", no cine Frei Caneca, em São Paulo, em todas as sessões! A iniciativa é tocada pela ONG " Mais Diferenças " e promete fazer barulho. Quando mais produtores de filmes, espetáculos teatrais e eventos culturais entenderam a importância do "lance", mais pessoas terão acesso ao conteúdo cultural, que é direito de todos. Passo importante agora é que as redes de cinema, os teatros e as salas de exibição artísticas entendam o benefício do sistema, que acolhe milhares de pessoas, e passem a aderir a ele.
A acessibilidade em todo o lado é cada vez mais importante. Aqui têm um bom exemplo!
Comentários
22 de abril de 2014
Acessibilidade passou a andar no bolso dos cidadãos com necessidades especiais
Provavelmente deveria guardar este meu post lá para o final da segunda semana deste módulo, pela sua atualidade, mas não resisti!
Efetivamente, todos nos preocupamos com as acessibilidades digitais, acessibilidades web, produtos de apoio e são preocupações legítimas às quais deveremos continuar a dar a nossa atenção mas o futuro chegou há menos de dez anos e continua aí. Neste momento um deficiente visual pode trazer no bolso ou na sua mochila um leitor de ecrã, um ampliador caso tenha baixa visão, um scâner, um leitor de livros digitais, um leitor de MP3, … enfim, tudo isto num só equipamento, um smartphone ou tablet.
Os dois gigantes dos smartphones e tablets a Apple e o Universo Android, que corre em dezenas de marcas de equipamentos, têm-se preocupado, como referi noutro post ainda no módulo 1, em incluir leitores de ecrã gratuitos ou de baixo custo nos seus sistemas operativos. Quer o voice over quer o talk back são ferramentas que já vêm dentro dos smartphones e tablets e podem ser chamadas com poucos oques e gestos por um deficiente visual. Uma vez esta porta da acessibilidade aberta, temos todo um mundo de aplicações, muitas delas gratuitas, que estão ao serviço da acessibilidade. É caso para brincar com uma frase já muito gasta: um telefone inteligente faz isto e aquilo … e também faz chamadas! Na verdade, para um deficiente visual, estes gadgets estão-se a tornar indispensáveis. Para sentirem o nível a que chegamos no que diz respeito à acessibilidade nestes equipamentos, neste momento, com a tecnologia que já existe, um cego consegue controlar a câmara fotográfica de um smartphone e tirar fotografias.
Neste momento um cego tem acesso a cerca de 95% dos conteúdos que estão dentro do seu telemóvel inteligente.
Uma vez que conheço melhor o mundo Android que, como sabem tem a vantagem de ser software de código aberto, vou deixar aqui três ou quatro links para aplicações que contribuem para a acessibilidade de deficientes visuais. Todas estas aplicações têm uma versão gratuita, portanto, sintam-se à vontade para testar.
Fica também uma notícia – e começo já por aqui – para uma aplicação que, com o tempo, tornará espetáculos culturais acessíveis.
http://fernandorodrigues.weebly.com/moacutedulo-ii.html
Lupa – permite transformar o aparelho numa lupa.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.yuvalluzon.yourmagnifier&hl=pt-PT
Acapela TTS – Permite escolher uma voz caso não se goste da voz nativa do leitor de ecrã do Android
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.acapelagroup.android.tts&hl=pt-PT
Google Gogles – Permite apontar a câmara do equipamento para uma folha de papel escrita, por exemplo, e o aparelho lê utilizando a voz instalada o conteúdo da dita folha.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.google.android.apps.unveil&hl=pt-PT
Tandera Dinheiro – Serve para identificar dinheiro.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.sparkbit.tandera.moneydemo&hl=pt-PT
CanScanner – Digitaliza documentos e transforma-os em ficheiros PDF.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.intsig.camscanner&hl=pt-PT
TIPA Reader – É um leitor de livros digitais que andam dentro do equipamento. Lê vários formatos de ficheiros e utiliza a voz instalada para os ler a um deficiente visual.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.tiflotecnia.tipa.reader&hl=pt-PT
Estas novas tecnologias mais portáteis e baratas massificam a acessibilidade e trazem-na não só para os estudos ou para o trabalho mas também para a cultura, os tempos livres ou o laser.
Acessibilidade passou a andar no bolso dos cidadãos com necessidades especiais
Provavelmente deveria guardar este meu post lá para o final da segunda semana deste módulo, pela sua atualidade, mas não resisti!
Efetivamente, todos nos preocupamos com as acessibilidades digitais, acessibilidades web, produtos de apoio e são preocupações legítimas às quais deveremos continuar a dar a nossa atenção mas o futuro chegou há menos de dez anos e continua aí. Neste momento um deficiente visual pode trazer no bolso ou na sua mochila um leitor de ecrã, um ampliador caso tenha baixa visão, um scâner, um leitor de livros digitais, um leitor de MP3, … enfim, tudo isto num só equipamento, um smartphone ou tablet.
Os dois gigantes dos smartphones e tablets a Apple e o Universo Android, que corre em dezenas de marcas de equipamentos, têm-se preocupado, como referi noutro post ainda no módulo 1, em incluir leitores de ecrã gratuitos ou de baixo custo nos seus sistemas operativos. Quer o voice over quer o talk back são ferramentas que já vêm dentro dos smartphones e tablets e podem ser chamadas com poucos oques e gestos por um deficiente visual. Uma vez esta porta da acessibilidade aberta, temos todo um mundo de aplicações, muitas delas gratuitas, que estão ao serviço da acessibilidade. É caso para brincar com uma frase já muito gasta: um telefone inteligente faz isto e aquilo … e também faz chamadas! Na verdade, para um deficiente visual, estes gadgets estão-se a tornar indispensáveis. Para sentirem o nível a que chegamos no que diz respeito à acessibilidade nestes equipamentos, neste momento, com a tecnologia que já existe, um cego consegue controlar a câmara fotográfica de um smartphone e tirar fotografias.
Neste momento um cego tem acesso a cerca de 95% dos conteúdos que estão dentro do seu telemóvel inteligente.
Uma vez que conheço melhor o mundo Android que, como sabem tem a vantagem de ser software de código aberto, vou deixar aqui três ou quatro links para aplicações que contribuem para a acessibilidade de deficientes visuais. Todas estas aplicações têm uma versão gratuita, portanto, sintam-se à vontade para testar.
Fica também uma notícia – e começo já por aqui – para uma aplicação que, com o tempo, tornará espetáculos culturais acessíveis.
http://fernandorodrigues.weebly.com/moacutedulo-ii.html
Lupa – permite transformar o aparelho numa lupa.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.yuvalluzon.yourmagnifier&hl=pt-PT
Acapela TTS – Permite escolher uma voz caso não se goste da voz nativa do leitor de ecrã do Android
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.acapelagroup.android.tts&hl=pt-PT
Google Gogles – Permite apontar a câmara do equipamento para uma folha de papel escrita, por exemplo, e o aparelho lê utilizando a voz instalada o conteúdo da dita folha.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.google.android.apps.unveil&hl=pt-PT
Tandera Dinheiro – Serve para identificar dinheiro.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.sparkbit.tandera.moneydemo&hl=pt-PT
CanScanner – Digitaliza documentos e transforma-os em ficheiros PDF.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.intsig.camscanner&hl=pt-PT
TIPA Reader – É um leitor de livros digitais que andam dentro do equipamento. Lê vários formatos de ficheiros e utiliza a voz instalada para os ler a um deficiente visual.
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Estas novas tecnologias mais portáteis e baratas massificam a acessibilidade e trazem-na não só para os estudos ou para o trabalho mas também para a cultura, os tempos livres ou o laser.