Desenho Universal da Aprendizagem
WebQuest: Construção de um e-Portefólio na disciplina de História do 8 º ano
Tenho olhado para este curso, que vai entrar no último tema, por uma
perspetiva eminentemente prática. Esta minha visão pode ser criticável mas,
sempre que possível, tenho aproveitado os ensinamentos aqui colhidos para
aplicar com os meus alunos. Desta vez não foi diferente e pensei: porque não
uma WebQuest? Deitei mãos à obra e construi uma ferramenta deste género com uma
grande atividade anual que já apliquei uma vez. Mas uma coisa é entregar aos
alunos uma ou duas folhas de papel cheias de regras para eles elaborarem um
trabalho, outra bem diferente é disponibilizar-lhes um link com um mundo de
potencialidades assim eles tenham força de vontade e se empenhem. Estou ansioso
que chegue o próximo ano letivo para poder aplicar esta WebQuest a uma turma de
História do 8 º ano.
Segue o link.
http://zunal.com/webquest.php?w=244988
Segue o link.
http://zunal.com/webquest.php?w=244988
Sugestões e materiais
Livros e artigos encontrados na rede (formato PDF)
A CONTRIBUIÇÃO DO DESENHO DE OBSERVAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Andréa Faria Andrade
UFPR - Universidade Federal do Paraná, Departamento de Desenho.
DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA ANÁLISE SOBRE O AMBIENTE DE APRENDIZAGEM MOODLE
Florianópolis - SC – Abril 2013
Solange Cristina da Silva – Universidade do Estado de Santa Catarina
Rose Cler Estivalete Beche - Universidade do Estado de Santa Catarina
Geisa Letícia Kempfer Bock - Universidade do Estado de Santa Catarina
ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
SECUNDINO CORREIA E PATRÍCIA CORREIA
ESE DE PAULA FRASSINETTI
CNOTINFOR
Princípios Orientadores do Desenho Universal da Aprendizagem - CAST
Ligações com conteúdos interessantes sobre esta temática
Desenho universal para a aprendizagem
http://www.tums-ped.org/desenho-universal-para-aprendizagem.html
Desenho Universal: Reflexão e Ação
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1032
A teoria das inteligências múltiplas e o desenho universal para a aprendizagem (Apresentação)
http://pt.slideshare.net/catarinacamelo/as-teorias-14998490#
A CONTRIBUIÇÃO DO DESENHO DE OBSERVAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Andréa Faria Andrade
UFPR - Universidade Federal do Paraná, Departamento de Desenho.
DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA ANÁLISE SOBRE O AMBIENTE DE APRENDIZAGEM MOODLE
Florianópolis - SC – Abril 2013
Solange Cristina da Silva – Universidade do Estado de Santa Catarina
Rose Cler Estivalete Beche - Universidade do Estado de Santa Catarina
Geisa Letícia Kempfer Bock - Universidade do Estado de Santa Catarina
ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
SECUNDINO CORREIA E PATRÍCIA CORREIA
ESE DE PAULA FRASSINETTI
CNOTINFOR
Princípios Orientadores do Desenho Universal da Aprendizagem - CAST
Ligações com conteúdos interessantes sobre esta temática
Desenho universal para a aprendizagem
http://www.tums-ped.org/desenho-universal-para-aprendizagem.html
Desenho Universal: Reflexão e Ação
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1032
A teoria das inteligências múltiplas e o desenho universal para a aprendizagem (Apresentação)
http://pt.slideshare.net/catarinacamelo/as-teorias-14998490#
Teoria das inteligências múltiplas
Livros, artigos e outros materiais
Inteligência, estilos de aprendizagem e diferenciação pedagógica I
Professora Doutora Luísa Grácio
Departamento de Psicologia/CIEP
Universidade de Évora
Dificuldade de aprendizagem na perspectiva das inteligências múltiplas: um estudo com um grupo de crianças brasileiras
Revista Portuguesa de Educação
Vera Lúcia Teixeira da Silva & Vilma Leni Nista-Piccolo
Braga 2010
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0871-91872010000200009&script=sci_arttext
Howard Gardner o pai da Teoria das Inteligências Múltiplas
https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/pensadores-tecnologia-educacao-howard-gardner-teoria-inteligencias-multiplas-ensino-adaptativo/
Inteligência, estilos de aprendizagem e diferenciação pedagógica I
Professora Doutora Luísa Grácio
Departamento de Psicologia/CIEP
Universidade de Évora
Dificuldade de aprendizagem na perspectiva das inteligências múltiplas: um estudo com um grupo de crianças brasileiras
Revista Portuguesa de Educação
Vera Lúcia Teixeira da Silva & Vilma Leni Nista-Piccolo
Braga 2010
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0871-91872010000200009&script=sci_arttext
Howard Gardner o pai da Teoria das Inteligências Múltiplas
https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/pensadores-tecnologia-educacao-howard-gardner-teoria-inteligencias-multiplas-ensino-adaptativo/
Comentários
20 de maio de 2014
1/3
Caros colegas de curso!
Mesmo depois de já se ter iniciado o Módulo IV, não podia deixar de vir aqui fazer uma reflecção sobre a forma como entendo a minha escolaridade e refletir com todos sobre as mudanças e permanências que observo, antes na pele de aluno e agora do outro lado da sala de aula, se é que esta ainda tem espaços definidos para uns e outros.
Portugal, nos anos que antecederam o 25 de abril e nas décadas seguintes que nos conduziram aos nossos dias, vivenciou muitas transformações no mundo da educação. Conduzida pelos génios de Rui Grácio e Veiga Simão, recentemente falecido, a nossa escola transformou-se, cresceu, recebeu mais alunos que ficaram por lá mais tempo, multiplicou-se pelo país e foi geradora de oportunidades. Vocês, que têm a paciência de ler esta minha mensagem, e que são meus contemporâneos, certamente se recordam da escola primária onde os anos se chamavam classes, do ensino preparatório que tinha dois anos e do ensino unificado antes do secundário. Eu fiz a minha escolaridade entre 1979 e 1993 e, como muitos aqui no curso recordamos que a escola se tornou obrigatória mais tempo e tendencialmente gratuita. Na altura nem sabíamos o que isso era mas hoje compreendemos bem o impacto civilizacional – permitam-me dizer assim – da Lei de Bases do Sistema Educativo (1986) que soube interpretar toda a evolução desde a década de setenta e se tornou num diploma tão importante que ainda hoje está em vigor. Nós tivemos a felicidade – embora sem consciência disso – de participar no crescimento de uma escola universal, prestigiada e prestigiante e uma escola para mesmo todos que estava atenta, na medida dos possíveis, à diversidade, às diferenças, aos problemas sociais pois vinha “equipada” com a Ação Social Escolar que, mal ou bem, garantia alguma equidade e igualdade de oportunidades a todos os alunos para que pudessem singrar e ter sucesso escolar.
O nosso sistema educativo sempre teve areias na engrenagem: professores descontentes, excesso de mudanças e legislação, falta de meios, desconfianças pontuais dos alunos e suas famílias em relação ao sistema mas … numa altura em que se fala tanto em Estado mínimo e privatização de serviços públicos fundamentais, acho que podemos reconhecer com algum orgulho patriótico até que criámos uma obra impressionante, um sistema educativo que formou gerações de portugueses que agora como nunca qualificou milhares de jovens transformando-os na geração mais qualificada de sempre, um sistema educativo que tornou residuais os problemas do analfabetismo e do abandono escolar. Salazar defendia uma escola mínima porque não queria portugueses muito “sabidos” e meio século depois temos a sociedade mais qualificada de sempre. Há muitos problemas no sistema? Há e não os devemos escamotear mas penso que concordarão comigo que foi uma grande obra.
2/3
Olhando agora um pouco para questões mais pedagógicas, didáticas e educativas e não perdendo o norte à questão orientadora destas reflexões, apraz-me dizer que tive professores de todos os tipos, perfis e práticas educativas mas devo reconhecer que predominaram os professores que adotavam o modelo mais expositivo de nos transmitirem a informação que deveríamos transformar em conhecimento. Mas, sou sincero, recordo com igual saudade o professor que nos mandava para a beira do rio recolher pedras à procura de fósseis ou o outro professor que na última aula do período agarrava na máquina de calcular, somava as percentagens dos testes, dividia por dois e convertia o resultado no nível a atribuir no final do período. Confesso que um dos professores que mais me impressionou e marcou foi um professor de História que dava umas aulas expositivas mas fazia-o de forma tão expressiva, teatral até, que nos agarrava à cadeira durante 50 ou 100 minutos e cumpria a sua função com tanto empenho que quando dávamos por ela estava a tocar para a saída. Naturalmente, hoje com todos os recursos que temos à disposição, não defendo aulas expositivas com grandes oratórias mas em certos momentos ou conteúdos, considero que são ou podem ser uma solução importante. Podemos fazer, hoje, esta pergunta a nós próprios: nas nossas aulas quem fala mais nós ou os alunos? A resposta pode preocupar-nos!
3/3
Bem, naturalmente, o método mais utilizado era o de um para todos em que o ensino era centrado no professor embora dirigido para o aluno. Eram raras ou raríssimas as experiências de ensino cooperativo ou colaborativo e quase não existia diferenciação pedagógica. As diferenças eram diluídas no todo porque o próprio aluno não fazia muita questão em ostentá-las. Era valorizada a inteligência na sua aceção mais restrita e os alunos com melhores resultados eram usados como exemplo para os outros. Defendia-se uma escola meritocrática o que, com conta, peso e medida, não é mal, antes pelo contrário.
Há uns anos para cá, felizmente, deixamos entrar a emoção e o coração nas nossas escolas, falamos cada vez mais em inteligência emocional e em inteligências múltiplas. Estas novas formas de olhar o aluno baseadas em teorias construtivistas em que a família e o meio são fundamentais e trazidos também para dentro das nossas escolas, trazem as crianças e os adolescentes mais felizes, com uma melhor autoestima e autoconfiança porque eles próprios se valorizam e percebem que são bons em algumas áreas, são aceites e reconhecidos por isso e vêm respeitadas as suas diferenças e diversidades. Não sei se este é o único caminho para resolver os problemas de violência ou insucesso dentro das nossas escolas mas tenho a certeza de que é um dos caminhos.
Uma última palavra para o desenho universal de aprendizagem que se relaciona com o desenho universal aplicado ao meio físico. A filosofia e os princípios são os mesmos e grosso modo defendem a criação de espaços para todos, utilizáveis e entendíveis por todos. No que diz respeito à educação é cada vez mais a preocupação das escolas, dos professores e de quem produz recursos educativos pensá-los para mesmo todos, onde todos possam aprender e se sintam bem. O futuro passa cada vez mais por aqui: recursos multiplataforma e multiformato e ambientes acessíveis, utilizáveis e entendíveis por todos.
A nossa escola, centrada no aluno, no seu trabalho e interesses, que vive em função do aluno, deve olhar com os mesmos olhos para o negro ou o cigano, o branco, o cego ou o anão, o sobredotado ou o filho de famílias carenciadas. Só assim construímos uma escola rica, colorida, tolerante onde crescem cidadãos únicos e diferentes como gosto de dizer.
1/3
Caros colegas de curso!
Mesmo depois de já se ter iniciado o Módulo IV, não podia deixar de vir aqui fazer uma reflecção sobre a forma como entendo a minha escolaridade e refletir com todos sobre as mudanças e permanências que observo, antes na pele de aluno e agora do outro lado da sala de aula, se é que esta ainda tem espaços definidos para uns e outros.
Portugal, nos anos que antecederam o 25 de abril e nas décadas seguintes que nos conduziram aos nossos dias, vivenciou muitas transformações no mundo da educação. Conduzida pelos génios de Rui Grácio e Veiga Simão, recentemente falecido, a nossa escola transformou-se, cresceu, recebeu mais alunos que ficaram por lá mais tempo, multiplicou-se pelo país e foi geradora de oportunidades. Vocês, que têm a paciência de ler esta minha mensagem, e que são meus contemporâneos, certamente se recordam da escola primária onde os anos se chamavam classes, do ensino preparatório que tinha dois anos e do ensino unificado antes do secundário. Eu fiz a minha escolaridade entre 1979 e 1993 e, como muitos aqui no curso recordamos que a escola se tornou obrigatória mais tempo e tendencialmente gratuita. Na altura nem sabíamos o que isso era mas hoje compreendemos bem o impacto civilizacional – permitam-me dizer assim – da Lei de Bases do Sistema Educativo (1986) que soube interpretar toda a evolução desde a década de setenta e se tornou num diploma tão importante que ainda hoje está em vigor. Nós tivemos a felicidade – embora sem consciência disso – de participar no crescimento de uma escola universal, prestigiada e prestigiante e uma escola para mesmo todos que estava atenta, na medida dos possíveis, à diversidade, às diferenças, aos problemas sociais pois vinha “equipada” com a Ação Social Escolar que, mal ou bem, garantia alguma equidade e igualdade de oportunidades a todos os alunos para que pudessem singrar e ter sucesso escolar.
O nosso sistema educativo sempre teve areias na engrenagem: professores descontentes, excesso de mudanças e legislação, falta de meios, desconfianças pontuais dos alunos e suas famílias em relação ao sistema mas … numa altura em que se fala tanto em Estado mínimo e privatização de serviços públicos fundamentais, acho que podemos reconhecer com algum orgulho patriótico até que criámos uma obra impressionante, um sistema educativo que formou gerações de portugueses que agora como nunca qualificou milhares de jovens transformando-os na geração mais qualificada de sempre, um sistema educativo que tornou residuais os problemas do analfabetismo e do abandono escolar. Salazar defendia uma escola mínima porque não queria portugueses muito “sabidos” e meio século depois temos a sociedade mais qualificada de sempre. Há muitos problemas no sistema? Há e não os devemos escamotear mas penso que concordarão comigo que foi uma grande obra.
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Olhando agora um pouco para questões mais pedagógicas, didáticas e educativas e não perdendo o norte à questão orientadora destas reflexões, apraz-me dizer que tive professores de todos os tipos, perfis e práticas educativas mas devo reconhecer que predominaram os professores que adotavam o modelo mais expositivo de nos transmitirem a informação que deveríamos transformar em conhecimento. Mas, sou sincero, recordo com igual saudade o professor que nos mandava para a beira do rio recolher pedras à procura de fósseis ou o outro professor que na última aula do período agarrava na máquina de calcular, somava as percentagens dos testes, dividia por dois e convertia o resultado no nível a atribuir no final do período. Confesso que um dos professores que mais me impressionou e marcou foi um professor de História que dava umas aulas expositivas mas fazia-o de forma tão expressiva, teatral até, que nos agarrava à cadeira durante 50 ou 100 minutos e cumpria a sua função com tanto empenho que quando dávamos por ela estava a tocar para a saída. Naturalmente, hoje com todos os recursos que temos à disposição, não defendo aulas expositivas com grandes oratórias mas em certos momentos ou conteúdos, considero que são ou podem ser uma solução importante. Podemos fazer, hoje, esta pergunta a nós próprios: nas nossas aulas quem fala mais nós ou os alunos? A resposta pode preocupar-nos!
3/3
Bem, naturalmente, o método mais utilizado era o de um para todos em que o ensino era centrado no professor embora dirigido para o aluno. Eram raras ou raríssimas as experiências de ensino cooperativo ou colaborativo e quase não existia diferenciação pedagógica. As diferenças eram diluídas no todo porque o próprio aluno não fazia muita questão em ostentá-las. Era valorizada a inteligência na sua aceção mais restrita e os alunos com melhores resultados eram usados como exemplo para os outros. Defendia-se uma escola meritocrática o que, com conta, peso e medida, não é mal, antes pelo contrário.
Há uns anos para cá, felizmente, deixamos entrar a emoção e o coração nas nossas escolas, falamos cada vez mais em inteligência emocional e em inteligências múltiplas. Estas novas formas de olhar o aluno baseadas em teorias construtivistas em que a família e o meio são fundamentais e trazidos também para dentro das nossas escolas, trazem as crianças e os adolescentes mais felizes, com uma melhor autoestima e autoconfiança porque eles próprios se valorizam e percebem que são bons em algumas áreas, são aceites e reconhecidos por isso e vêm respeitadas as suas diferenças e diversidades. Não sei se este é o único caminho para resolver os problemas de violência ou insucesso dentro das nossas escolas mas tenho a certeza de que é um dos caminhos.
Uma última palavra para o desenho universal de aprendizagem que se relaciona com o desenho universal aplicado ao meio físico. A filosofia e os princípios são os mesmos e grosso modo defendem a criação de espaços para todos, utilizáveis e entendíveis por todos. No que diz respeito à educação é cada vez mais a preocupação das escolas, dos professores e de quem produz recursos educativos pensá-los para mesmo todos, onde todos possam aprender e se sintam bem. O futuro passa cada vez mais por aqui: recursos multiplataforma e multiformato e ambientes acessíveis, utilizáveis e entendíveis por todos.
A nossa escola, centrada no aluno, no seu trabalho e interesses, que vive em função do aluno, deve olhar com os mesmos olhos para o negro ou o cigano, o branco, o cego ou o anão, o sobredotado ou o filho de famílias carenciadas. Só assim construímos uma escola rica, colorida, tolerante onde crescem cidadãos únicos e diferentes como gosto de dizer.
14 de maio de 2014
Depois de ter preenchido o questionário VARK dei por mim a fazer uma reflexão sobre os resultados e uma viagem ao meu percurso enquanto estudante e profissional. Confesso que não fiquei muito surpreendido pelos resultados, à exceção do item read/write que não imaginava tão alto. Pelos vistos faço parte daquelas pessoas que têm mais facilidade em apreender pela via da oralidade que se destaca bastante mas também pela via da leitura/escrita e pela via cinestésica. Ao longo da minha escolaridade e agora como profissional tenho muita necessidade em ouvir explicações depois de ler alguma informação, gosto de conversar com os meus pares sobre os assuntos em estudo e prefiro tentar aprender com recurso a demonstrações em que tenha um papel ativo e não apenas ser um espetador durante uma exemplificação. Para mim é fundamental tocar nos objetos, absorver o máximo de informação possível pelo corpo, captar todos os tipos de linguagem não verbal que consiga apreender.
Seguem os meus resultados do questionário.
The VARK Questionnaire Results
Your scores were:
Visual: 1
Aural: 10
Read/Write: 8
Kinesthetic: 7
You have a multimodal (ARK) learning preference.
Não gosto nem me sinto muito confortável a falar de mim mas desta vez vou abrir uma exceção porque os resultados do questionário são clarinhos como água e encaixam na perfeição numa característica que marca a minha vida. Sou portador de uma deficiência visual (baixa visão) e se, depois de terem esta informação, voltarem a olhar para os meus resultados chegarão à conclusão que eu cheguei, isto é, fazem todo o sentido!
Naturalmente os alunos com uma deficiência visual são muito fortes na receção da informação pela via auditiva e pela via cinestésica. Em relação ao parâmetro da leitura e da escrita, felizmente, com o braille e todas as tecnologias e produtos de apoio de compensação da deficiência visual, um cego ou portador de baixa visão consegue, se estimulado desde cedo, estar ao nível de um dito normovisual.
Depois de ter preenchido o questionário VARK dei por mim a fazer uma reflexão sobre os resultados e uma viagem ao meu percurso enquanto estudante e profissional. Confesso que não fiquei muito surpreendido pelos resultados, à exceção do item read/write que não imaginava tão alto. Pelos vistos faço parte daquelas pessoas que têm mais facilidade em apreender pela via da oralidade que se destaca bastante mas também pela via da leitura/escrita e pela via cinestésica. Ao longo da minha escolaridade e agora como profissional tenho muita necessidade em ouvir explicações depois de ler alguma informação, gosto de conversar com os meus pares sobre os assuntos em estudo e prefiro tentar aprender com recurso a demonstrações em que tenha um papel ativo e não apenas ser um espetador durante uma exemplificação. Para mim é fundamental tocar nos objetos, absorver o máximo de informação possível pelo corpo, captar todos os tipos de linguagem não verbal que consiga apreender.
Seguem os meus resultados do questionário.
The VARK Questionnaire Results
Your scores were:
Visual: 1
Aural: 10
Read/Write: 8
Kinesthetic: 7
You have a multimodal (ARK) learning preference.
Não gosto nem me sinto muito confortável a falar de mim mas desta vez vou abrir uma exceção porque os resultados do questionário são clarinhos como água e encaixam na perfeição numa característica que marca a minha vida. Sou portador de uma deficiência visual (baixa visão) e se, depois de terem esta informação, voltarem a olhar para os meus resultados chegarão à conclusão que eu cheguei, isto é, fazem todo o sentido!
Naturalmente os alunos com uma deficiência visual são muito fortes na receção da informação pela via auditiva e pela via cinestésica. Em relação ao parâmetro da leitura e da escrita, felizmente, com o braille e todas as tecnologias e produtos de apoio de compensação da deficiência visual, um cego ou portador de baixa visão consegue, se estimulado desde cedo, estar ao nível de um dito normovisual.
13 de maio de 2014
Teoria das Inteligências Múltiplas (Gardner, 1984)
Permitam-nos apresentar um pequeno texto sobre a questão das inteligências múltiplas, um esboço de resumo esquemático desta teoria que floresceu nos últimos vinte, trinta anos do século passado. Mas, antes de continuarmos, apresentamos uma definição bem simplificada do que é a inteligência. Então, a inteligência é a capacidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos num ou mais ambientes culturais. Mas o conceito clássico de inteligência caía num vício perigoso e redutor. Limitava-se a apreciar uma espécie de inteligência neuronal, baseada em medições, em cocientes. Um parêntesis só para recordar que os arqueólogos e antropólogos também mediam a inteligência dos hominídeos primitivos pelo volume de centímetros cúbicos do cérbero que fez aumentar, ao longo dos milhões de anos da evolução humana, o volume do crânio.
Mas a teoria das inteligências múltiplas vem revolucionar a forma como olhamos para as capacidades do ser humano.
“Where individuals differ is in the strength of these intelligences – the so-called profile of intelligence – and in the ways in which such intelligences are invoked and combined to carry out different tasks, solve diverse problems, and progress in various domains.” (Gardner, 1991)
Ora esta teoria assenta em quatro pressupostos básicos: (I) A inteligência humana pode ser representada por símbolos (imagens, números, palavras). (II) Cada inteligência tem diferentes fases de desenvolvimento. (III) As teorias da inteligência devem estar baseadas na organização do córtex superior. (IV) A inteligência está associada à cultura.
Os especialistas consideram os seguintes tipos de inteligências que estão presentes no ser humano de forma mais ou menos significativa e todas se corelacionam e complementam. (I) Inteligência Linguística – associada ao lóbulo temporal esquerdo e implica a capacidade para manipular a linguagem e a comunicação diária, para lidar com os significados das palavras, para organizar a informação semântica e sintática. (II) Inteligência Lógico-Matemática – localização mais difusa, embora os lóbulos parietais esquerdos e adjacentes pareçam desempenhar um papel relevante. Capacidade de apreender e estabelecer relações entre símbolos, quantidades, padrões. (III) Inteligência Naturalista – capacidade para reconhecer e classificar as espécies do meio ambiente do indivíduo. (IV) Inteligência Espacial – capacidade para o indivíduo lidar com imagens, identificar pormenores, elaborar esquemas, ler mapas. Difícil localização no cérebro pela complexidade e diversidade de tarefas. (V) Inteligência Corporal e Cinestésica – a localização cerebral está associada ao cerebelo e ao hemisfério esquerdo. Motricidade grossa e fina, controlo motor, coordenação de movimentos e tato. (VI) Inteligência Musical – a localização cerebral está associada ao hemisfério direito (área frontal e temporal). Capacidade de perceber, discriminar, transformar e expressar melodia, ritmo e timbre. (VII) Inteligência Interpessoal – capacidade para entender e interagir com os outros. (VIII) Inteligência Intrapessoal – autoconhecimento e a capacidade de agir adaptativamente com base neste conhecimento. (A inteligência pessoal parece estar localizada ná área frontal).
De que forma poderemos aplicar estas teorias na Educação Especial?
É importante que reconheçamos que os nossos alunos com necessidades educativas especiais, devido às suas lesões anatómicas ou fisiológicas, devido às suas incapacidades, devido aos condicionalismos familiares, sociais e do meio, têm áreas fortes que devem ser exploradas e fracas que devem ser complementadas por outras. Têm inteligências que foram mais estimuladas e outras que requerem um trabalho mais intensivo. Por exemplo, numa criança cega é natural que as inteligências musical e corporal e cinestésica estejam mais desenvolvidas do que a inteligência espacial. Com a TIM podemos orientar a nossa ação para aquilo onde o aluno é bom, para aquilo que faz melhor. Podemos trabalhar diferentes áreas de competências adaptativas tais como: comunicação, independência pessoal, competências da vida diária, competências sociais, utilização da comunidade, autonomia, saúde e segurança, competências académicas funcionais, lazer e tempos livres e trabalho.
Teoria das Inteligências Múltiplas (Gardner, 1984)
Permitam-nos apresentar um pequeno texto sobre a questão das inteligências múltiplas, um esboço de resumo esquemático desta teoria que floresceu nos últimos vinte, trinta anos do século passado. Mas, antes de continuarmos, apresentamos uma definição bem simplificada do que é a inteligência. Então, a inteligência é a capacidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos num ou mais ambientes culturais. Mas o conceito clássico de inteligência caía num vício perigoso e redutor. Limitava-se a apreciar uma espécie de inteligência neuronal, baseada em medições, em cocientes. Um parêntesis só para recordar que os arqueólogos e antropólogos também mediam a inteligência dos hominídeos primitivos pelo volume de centímetros cúbicos do cérbero que fez aumentar, ao longo dos milhões de anos da evolução humana, o volume do crânio.
Mas a teoria das inteligências múltiplas vem revolucionar a forma como olhamos para as capacidades do ser humano.
“Where individuals differ is in the strength of these intelligences – the so-called profile of intelligence – and in the ways in which such intelligences are invoked and combined to carry out different tasks, solve diverse problems, and progress in various domains.” (Gardner, 1991)
Ora esta teoria assenta em quatro pressupostos básicos: (I) A inteligência humana pode ser representada por símbolos (imagens, números, palavras). (II) Cada inteligência tem diferentes fases de desenvolvimento. (III) As teorias da inteligência devem estar baseadas na organização do córtex superior. (IV) A inteligência está associada à cultura.
Os especialistas consideram os seguintes tipos de inteligências que estão presentes no ser humano de forma mais ou menos significativa e todas se corelacionam e complementam. (I) Inteligência Linguística – associada ao lóbulo temporal esquerdo e implica a capacidade para manipular a linguagem e a comunicação diária, para lidar com os significados das palavras, para organizar a informação semântica e sintática. (II) Inteligência Lógico-Matemática – localização mais difusa, embora os lóbulos parietais esquerdos e adjacentes pareçam desempenhar um papel relevante. Capacidade de apreender e estabelecer relações entre símbolos, quantidades, padrões. (III) Inteligência Naturalista – capacidade para reconhecer e classificar as espécies do meio ambiente do indivíduo. (IV) Inteligência Espacial – capacidade para o indivíduo lidar com imagens, identificar pormenores, elaborar esquemas, ler mapas. Difícil localização no cérebro pela complexidade e diversidade de tarefas. (V) Inteligência Corporal e Cinestésica – a localização cerebral está associada ao cerebelo e ao hemisfério esquerdo. Motricidade grossa e fina, controlo motor, coordenação de movimentos e tato. (VI) Inteligência Musical – a localização cerebral está associada ao hemisfério direito (área frontal e temporal). Capacidade de perceber, discriminar, transformar e expressar melodia, ritmo e timbre. (VII) Inteligência Interpessoal – capacidade para entender e interagir com os outros. (VIII) Inteligência Intrapessoal – autoconhecimento e a capacidade de agir adaptativamente com base neste conhecimento. (A inteligência pessoal parece estar localizada ná área frontal).
De que forma poderemos aplicar estas teorias na Educação Especial?
É importante que reconheçamos que os nossos alunos com necessidades educativas especiais, devido às suas lesões anatómicas ou fisiológicas, devido às suas incapacidades, devido aos condicionalismos familiares, sociais e do meio, têm áreas fortes que devem ser exploradas e fracas que devem ser complementadas por outras. Têm inteligências que foram mais estimuladas e outras que requerem um trabalho mais intensivo. Por exemplo, numa criança cega é natural que as inteligências musical e corporal e cinestésica estejam mais desenvolvidas do que a inteligência espacial. Com a TIM podemos orientar a nossa ação para aquilo onde o aluno é bom, para aquilo que faz melhor. Podemos trabalhar diferentes áreas de competências adaptativas tais como: comunicação, independência pessoal, competências da vida diária, competências sociais, utilização da comunidade, autonomia, saúde e segurança, competências académicas funcionais, lazer e tempos livres e trabalho.