Recursos Educativos Abertos Acessíveis
Como fazer um trabalho escolar
Ficam aqui as indicações que estão integradas no ficheiro "leia-me" que se encontra na pasta onde está o trabalho deste módulo.
Instruções de utilização do trabalho multiformato
Como fazer um trabalho escolar
Na sequência do WebQuest elaborado para o Módulo 3 que consistiu na construção de um e-Portefólio para a disciplina de História, fiz agora neste Módulo 4 um guião de “boas práticas” como elaborar um trabalho escolar. Este documento foi construído e disponibilizado em vários formatos para ser acessível a todos os públicos.
1 Disponibilizei no Slideshare uma primeira versão do documento no formato PDF sem qualquer proteção de forma a que os utilizadores o possam descarregar para os seus computadores.
http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856
2 Coloquei novamente no Slideshare o mesmo documento agora em formato DOCX do Microsoft Word 2010 para que possa ser editado e alterado pelos utilizadores.
http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35279179
3 Nesta pasta onde está este ficheiro explicativo encontram ainda mais duas pastas, uma com o documento em áudio para ser ouvido por utilizadores com deficiência visual e outra com o documento em versões com e sem imagens e em formatos editáveis (RTF e TXT) para serem lidos com mais facilidade por linhas braille e leitores de ecrã.
Link do MeoCloud onde se encontram todos os materiais
https://meocloud.pt/link/7fc87fd6-33dd-4132-b0ef-3fb1bc0d3d1b/MOOC%20trabalho%20M%C3%B3dulo%20IV/
Licença Creative Commons:
Licença Selecionada: Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional
Código Creative Commons:
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dct:title" rel="dct:type">Como fazer um trabalho escolar</span> está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a>.<br />Baseado no trabalho disponível em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856" rel="dct:source">http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856</a>.
Instruções de utilização do trabalho multiformato
Como fazer um trabalho escolar
Na sequência do WebQuest elaborado para o Módulo 3 que consistiu na construção de um e-Portefólio para a disciplina de História, fiz agora neste Módulo 4 um guião de “boas práticas” como elaborar um trabalho escolar. Este documento foi construído e disponibilizado em vários formatos para ser acessível a todos os públicos.
1 Disponibilizei no Slideshare uma primeira versão do documento no formato PDF sem qualquer proteção de forma a que os utilizadores o possam descarregar para os seus computadores.
http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856
2 Coloquei novamente no Slideshare o mesmo documento agora em formato DOCX do Microsoft Word 2010 para que possa ser editado e alterado pelos utilizadores.
http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35279179
3 Nesta pasta onde está este ficheiro explicativo encontram ainda mais duas pastas, uma com o documento em áudio para ser ouvido por utilizadores com deficiência visual e outra com o documento em versões com e sem imagens e em formatos editáveis (RTF e TXT) para serem lidos com mais facilidade por linhas braille e leitores de ecrã.
Link do MeoCloud onde se encontram todos os materiais
https://meocloud.pt/link/7fc87fd6-33dd-4132-b0ef-3fb1bc0d3d1b/MOOC%20trabalho%20M%C3%B3dulo%20IV/
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Licença Selecionada: Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional
Código Creative Commons:
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dct:title" rel="dct:type">Como fazer um trabalho escolar</span> está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a>.<br />Baseado no trabalho disponível em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856" rel="dct:source">http://pt.slideshare.net/nandoslide/como-fazer-um-trabalho-35278856</a>.
Comentário a um trabalho de um colega
Comentário a
um trabalho de um colega realizado para o Módulo IV
Depois de visualizar dezenas de trabalhos que considero muito bons e extremamente bem elaborados, decidi escolher a apresentação do colega Nuno Correia, construída no PowToon e exibida na grande rede via Youtube. Não fiz esta escolha por nenhum motivo em especial, apenas pela significativa relevância do tema que o Nuno desenvolveu e que está relacionado com a minha formação académica na educação Especial.
O tema do trabalho prende-se com a forma como em situações do nosso quotidiano lidamos com os nossos concidadãos deficientes visuais em episódios em que, muitas vezes, inconscientemente nos vemos envolvidos. Aproveito para dizer que segundo o meu conhecimento da realidade da deficiência visual, os próprios cegos relativizam a maioria das situações não lhes dando grande importância. Quase sempre o interlocutor “dito normal” fica mais “encavacado” e o deficiente visual tenta aliviar o constrangimento do seu oponente no diálogo ou situação.
Quem sou eu para avaliar o trabalho de um colega? Pareceu-me que esta ferramenta criada pelo Nuno está tecnicamente muito bem estruturada e produzida e obedece a todas as regras que nos foram solicitadas neste módulo.
Termino fazendo uma ressalva que gostava que fosse entendida como um contributo para a aprendizagem de todos nós e não como uma crítica vazia e destrutiva. São muito raros os recursos produzidos com acessibilidade para a deficiência visual. Seria interessante que as informações e/ou diálogos tivessem uma qualquer forma de narração ou fossem acessíveis a leitores de ecrã ou linhas braille. Peço sinceras e imensas desculpas por este meu comentário final mas, acreditem, não o fiz com qualquer sentimento malévolo mas apenas como um contributo para todos melhorarmos e praticarmos uma verdadeira inclusão.
Recomendo vivamente a visualização do trabalho do nosso colega Nuno no link:
https://www.youtube.com/watch?v=g96ejD_PcWU
Depois de visualizar dezenas de trabalhos que considero muito bons e extremamente bem elaborados, decidi escolher a apresentação do colega Nuno Correia, construída no PowToon e exibida na grande rede via Youtube. Não fiz esta escolha por nenhum motivo em especial, apenas pela significativa relevância do tema que o Nuno desenvolveu e que está relacionado com a minha formação académica na educação Especial.
O tema do trabalho prende-se com a forma como em situações do nosso quotidiano lidamos com os nossos concidadãos deficientes visuais em episódios em que, muitas vezes, inconscientemente nos vemos envolvidos. Aproveito para dizer que segundo o meu conhecimento da realidade da deficiência visual, os próprios cegos relativizam a maioria das situações não lhes dando grande importância. Quase sempre o interlocutor “dito normal” fica mais “encavacado” e o deficiente visual tenta aliviar o constrangimento do seu oponente no diálogo ou situação.
Quem sou eu para avaliar o trabalho de um colega? Pareceu-me que esta ferramenta criada pelo Nuno está tecnicamente muito bem estruturada e produzida e obedece a todas as regras que nos foram solicitadas neste módulo.
Termino fazendo uma ressalva que gostava que fosse entendida como um contributo para a aprendizagem de todos nós e não como uma crítica vazia e destrutiva. São muito raros os recursos produzidos com acessibilidade para a deficiência visual. Seria interessante que as informações e/ou diálogos tivessem uma qualquer forma de narração ou fossem acessíveis a leitores de ecrã ou linhas braille. Peço sinceras e imensas desculpas por este meu comentário final mas, acreditem, não o fiz com qualquer sentimento malévolo mas apenas como um contributo para todos melhorarmos e praticarmos uma verdadeira inclusão.
Recomendo vivamente a visualização do trabalho do nosso colega Nuno no link:
https://www.youtube.com/watch?v=g96ejD_PcWU
Comentários
29 de maio de 2014
1/4
Reflexão sobre a questão orientadora deste debate
Desde os anos noventa sou um utilizador diário, posso dizê-lo assim, da informática e das tecnologias da informação e comunicação. Os progressos da internet e as ferramentas que por lá vão surgindo, evoluindo e disseminando-se por aí, alteraram decisivamente as nossas práticas como utilizadores destes recursos. Recordo-me com nostalgia dos computadores com memórias RAM que se mediam em k bites ou dos primeiros modems que se ligavam à internet por linha telefónica fazendo uma chinfrineira horrível até se conectarem. Todos nós percebemos, no imediato, as potencialidades do email ou dos chats de conversação. Mas as coisas mudaram muito e a nossa experiência tornou-se avassaladora. Todas as profissões e setores de atividade adotaram a internet como uma parceira poderosa e a educação não poderia ser diferente. Os nossos alunos absorvem o conhecimento daquilo que lhes interessa de uma forma prática e rápida e os recursos disponíveis para a educação na internet são apelativos e intuitivos. Cabe-nos a nós sabelos utilizar na altura certa e torná-los parceiros dos nossos conteúdos e matérias que temos de ensinar.
2/4
Centrando agora a atenção na minha experiência como utilizador, posso referir que já encontrei e utilizei alguns recursos educativos abertos especialmente nos últimos anos. Já alguns colegas falaram aqui do RCAAP onde já também por lá andei e recorro quando necessito. Lembro também a existência de enumeras bibliotecas e arquivos online que guardam obras que já “caíram” no domínio público, ou wikis que são ferramentas colaborativas igualmente abertas. Mas confesso humildemente que o meu conhecimento sobre recursos educativos livres online é ainda escaço e não chega a cinco por cento daqueles que foram referidos neste módulo quatro. É impressionante a quantidade de recursos e soluções que temos à nossa disposição, contudo deixo aqui um lamento para o facto dos recursos em língua portuguesa ainda serem uma minoria se comparados com os produzidos em inglês. Mas, se calhar a falha é minha pois terei de apostar muito mais no inglês como segunda língua e idioma universalmente aceite.
3/4
Na questão do software livre a minha experiência já é um pouco mais ampla. Há alguns anos recorro a estas soluções principalmente por questões económicas pois os programas patenteados com licenças fechadas são caros. Existe uma panóplia de software open source que abrange todas as áreas das nossas necessidades. Utilizo antivírus, gestores de email, navegadores de internet, leitores de música e vídeo, gravadores de áudio, ferramentas de manutenção e limpeza do sistema operativo, … enfim, um conjunto grande de software gratuito, de código aberto e com atualizações bastante frequentes. Ultimamente tenho optado até por versões portáteis destes programas, sempre que possível, pois são mais leves, não congestionam os computadores, não deixam vestígios no registo e estão sempre prontas para serem levadas para toda a parte num simples disco externo. Este tipo de software gratuito tem muito potencial no futuro pois resolve todas as necessidades de um utilizador comum e como é de código aberto, em muitos casos, recebe os contributos diretamente da comunidade de utilizadores para os seus desenvolvedores. Uma palavra especial para um sistema operativo gratuito que tem cada vez mais adeptos e substitui o Windows sem muitas perdas para o utilizador. Falo-vos do Linux que tem muitas distribuições livres vocacionadas para diferentes áreas profissionais e sociais. Existe mesmo uma distribuição Linux para a educação. Pelo que já pude observar é um sistema operativo bem completo, com todos os recursos necessários para uma utilização normal, mais leve do que o Windows e completamente seguro pois pelo facto de não estar ainda massificado não são produzidos vírus nem ataques para ele. Atrevo-me mesmo a dizer que O Linux não necessita de antivírus. O mundo do software livre vai continuar a crescer porque se mantem através de donativos ou de publicidade e evolui mais rapidamente do que o outro tipo de software que só se atualiza quando interessa às empresas devido a estratégias de marketing ou motivações económicas. Estou em crer que as grandes marcas de software terão todo o interesse em produzir, num futuro próximo, versões gratuitas dos seus produtos pagos, naturalmente sem tantas funcionalidades mas com as essenciais, para se manterem no mercado e sobreviverem. Mesmo que não seja de código aberto, só pelo facto de ser gratuito e sem períodos de experiência este tipo de software tem cada vez mais adeptos porque mantem a qualidade a custo zero.
Pelo que escrevi no parágrafo anterior, tenho muitas dificuldades em entender porque o Estado português, as autarquias ou as escolas gastam milhões em licenças quando poderiam ter muito software a custo zero. Há dias li uma notícia que me deixou a pensar a propósito destes assuntos e do fim do suporte técnico para o Windows XP. O governo chinês está a desenvolver uma distribuição Linux própria para a administração pública pois não quis migrar para o Windows 8.
4/4
No que concerne aos cursos online abertos a minha experiência é muito incipiente. Na verdade este MOOC é o primeiro curso online aberto que frequento mas não é o primeiro curso online onde participo, isto é, já frequentei várias oficinas que tinham uma componente online e outra presencial e participei mesmo um curso online da Universidade Aberta por e learning onde apenas fazíamos algumas provas e exames de forma presencial. Nestas modalidades que referi utilizei a plataforma Moodle – que aliás continuo a utilizar na minha escola e por isso conheço bem – que também tem muito potencial na educação mas já foi mais famosa pois a internet tem este problema que é ótimo para o utilizador se o souber capitalizar: uma concorrência voraz onde uma ferramenta nasce no silêncio, torna-se viral durante uns tempos e depois desaparece tal como nasceu para dar lugar a outras. Os MOOC não são apenas uma ferramenta na internet, são todo um conceito inovador na área da educação e da formação. Numa época em que, especialmente os professores, não temos tempo para frequentar cursos presenciais nem dinheiro para os pagar, os MOOC são uma solução interessante, igualmente credível e muito prática pois os formandos trabalham ao seu ritmo e obtêm também uma certificação, se assim o entenderem, pois isso também é importante na carreira docente. Estas formas assíncronas de aprendizagem não limitam a partilha nem o trabalho colaborativo e ainda nos permitem conhecer colegas de diferentes regiões e nacionalidades, as suas experiências e vivências. Continuarei atento aos MOOC e garantidamente frequentarei novos cursos.
1/4
Reflexão sobre a questão orientadora deste debate
Desde os anos noventa sou um utilizador diário, posso dizê-lo assim, da informática e das tecnologias da informação e comunicação. Os progressos da internet e as ferramentas que por lá vão surgindo, evoluindo e disseminando-se por aí, alteraram decisivamente as nossas práticas como utilizadores destes recursos. Recordo-me com nostalgia dos computadores com memórias RAM que se mediam em k bites ou dos primeiros modems que se ligavam à internet por linha telefónica fazendo uma chinfrineira horrível até se conectarem. Todos nós percebemos, no imediato, as potencialidades do email ou dos chats de conversação. Mas as coisas mudaram muito e a nossa experiência tornou-se avassaladora. Todas as profissões e setores de atividade adotaram a internet como uma parceira poderosa e a educação não poderia ser diferente. Os nossos alunos absorvem o conhecimento daquilo que lhes interessa de uma forma prática e rápida e os recursos disponíveis para a educação na internet são apelativos e intuitivos. Cabe-nos a nós sabelos utilizar na altura certa e torná-los parceiros dos nossos conteúdos e matérias que temos de ensinar.
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Centrando agora a atenção na minha experiência como utilizador, posso referir que já encontrei e utilizei alguns recursos educativos abertos especialmente nos últimos anos. Já alguns colegas falaram aqui do RCAAP onde já também por lá andei e recorro quando necessito. Lembro também a existência de enumeras bibliotecas e arquivos online que guardam obras que já “caíram” no domínio público, ou wikis que são ferramentas colaborativas igualmente abertas. Mas confesso humildemente que o meu conhecimento sobre recursos educativos livres online é ainda escaço e não chega a cinco por cento daqueles que foram referidos neste módulo quatro. É impressionante a quantidade de recursos e soluções que temos à nossa disposição, contudo deixo aqui um lamento para o facto dos recursos em língua portuguesa ainda serem uma minoria se comparados com os produzidos em inglês. Mas, se calhar a falha é minha pois terei de apostar muito mais no inglês como segunda língua e idioma universalmente aceite.
3/4
Na questão do software livre a minha experiência já é um pouco mais ampla. Há alguns anos recorro a estas soluções principalmente por questões económicas pois os programas patenteados com licenças fechadas são caros. Existe uma panóplia de software open source que abrange todas as áreas das nossas necessidades. Utilizo antivírus, gestores de email, navegadores de internet, leitores de música e vídeo, gravadores de áudio, ferramentas de manutenção e limpeza do sistema operativo, … enfim, um conjunto grande de software gratuito, de código aberto e com atualizações bastante frequentes. Ultimamente tenho optado até por versões portáteis destes programas, sempre que possível, pois são mais leves, não congestionam os computadores, não deixam vestígios no registo e estão sempre prontas para serem levadas para toda a parte num simples disco externo. Este tipo de software gratuito tem muito potencial no futuro pois resolve todas as necessidades de um utilizador comum e como é de código aberto, em muitos casos, recebe os contributos diretamente da comunidade de utilizadores para os seus desenvolvedores. Uma palavra especial para um sistema operativo gratuito que tem cada vez mais adeptos e substitui o Windows sem muitas perdas para o utilizador. Falo-vos do Linux que tem muitas distribuições livres vocacionadas para diferentes áreas profissionais e sociais. Existe mesmo uma distribuição Linux para a educação. Pelo que já pude observar é um sistema operativo bem completo, com todos os recursos necessários para uma utilização normal, mais leve do que o Windows e completamente seguro pois pelo facto de não estar ainda massificado não são produzidos vírus nem ataques para ele. Atrevo-me mesmo a dizer que O Linux não necessita de antivírus. O mundo do software livre vai continuar a crescer porque se mantem através de donativos ou de publicidade e evolui mais rapidamente do que o outro tipo de software que só se atualiza quando interessa às empresas devido a estratégias de marketing ou motivações económicas. Estou em crer que as grandes marcas de software terão todo o interesse em produzir, num futuro próximo, versões gratuitas dos seus produtos pagos, naturalmente sem tantas funcionalidades mas com as essenciais, para se manterem no mercado e sobreviverem. Mesmo que não seja de código aberto, só pelo facto de ser gratuito e sem períodos de experiência este tipo de software tem cada vez mais adeptos porque mantem a qualidade a custo zero.
Pelo que escrevi no parágrafo anterior, tenho muitas dificuldades em entender porque o Estado português, as autarquias ou as escolas gastam milhões em licenças quando poderiam ter muito software a custo zero. Há dias li uma notícia que me deixou a pensar a propósito destes assuntos e do fim do suporte técnico para o Windows XP. O governo chinês está a desenvolver uma distribuição Linux própria para a administração pública pois não quis migrar para o Windows 8.
4/4
No que concerne aos cursos online abertos a minha experiência é muito incipiente. Na verdade este MOOC é o primeiro curso online aberto que frequento mas não é o primeiro curso online onde participo, isto é, já frequentei várias oficinas que tinham uma componente online e outra presencial e participei mesmo um curso online da Universidade Aberta por e learning onde apenas fazíamos algumas provas e exames de forma presencial. Nestas modalidades que referi utilizei a plataforma Moodle – que aliás continuo a utilizar na minha escola e por isso conheço bem – que também tem muito potencial na educação mas já foi mais famosa pois a internet tem este problema que é ótimo para o utilizador se o souber capitalizar: uma concorrência voraz onde uma ferramenta nasce no silêncio, torna-se viral durante uns tempos e depois desaparece tal como nasceu para dar lugar a outras. Os MOOC não são apenas uma ferramenta na internet, são todo um conceito inovador na área da educação e da formação. Numa época em que, especialmente os professores, não temos tempo para frequentar cursos presenciais nem dinheiro para os pagar, os MOOC são uma solução interessante, igualmente credível e muito prática pois os formandos trabalham ao seu ritmo e obtêm também uma certificação, se assim o entenderem, pois isso também é importante na carreira docente. Estas formas assíncronas de aprendizagem não limitam a partilha nem o trabalho colaborativo e ainda nos permitem conhecer colegas de diferentes regiões e nacionalidades, as suas experiências e vivências. Continuarei atento aos MOOC e garantidamente frequentarei novos cursos.
22 de maio de 2014
Os direitos de autor e as dificuldades de acesso à cultura pelos cegos
Penso que é oportuno neste módulo falar-se um pouco sobre as dificuldades que os cegos têm em aceder à cultura devido às questões de direitos autorais e por força das limitações na reprodução, cópia e transformação/adaptação dos livros para suportes acessíveis.
Permitam-me, antes de continuar, uma informação e uma espécie de declaração pessoal. Começando pela segunda, quero sublinhar que sou, naturalmente, defensor da proteção e respeito pelos direitos de autor e da propriedade intelectual. Um escritor, um músico, um pintor que vive da sua obra merece todo o respeito e consideração assim como os bens culturais que produz. A pequena informação que pero deixar diz respeito à existência de um diploma legal dos anos oitenta, se não me falha a memória, que já abria exceções e previa a possibilidade de se poderem fazer cópias, gravações em áudio ou reproduções em braille de livros ou partes de livros para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual.
Depois destes considerandos vamos então aos problemas. Efetivamente, um cego tem muitas dificuldades em ler livros acessíveis. Normalmente, um indivíduo com deficiência visual compra um livro, leva-o para casa, digitaliza-o num scâner, corrige essa digitalização porque os scaners não fazem um trabalho perfeito e depois sim, leem o seu livro num formato acessível, ficando com o exemplar em papel lá na estante, sem qualquer serventia. Ora, as editoras, elas sim as grandes culpadas no meu entender, têm emperrado aquilo que seria uma evolução natural, isto é, venderem os livros em formatos digitais acessíveis a quem deles necessitam. Na maioria dos casos os autores são os primeiros a não se importar com a disponibilização dos seus livros em formatos acessíveis mas as editoras, elas que recebem a parte de leão na venda dos livros, não estão para aí viradas.
Está a evoluir rapidamente o mercado dos e-books mas, mesmo aqui existem dificuldades porque os formatos mais populares dos livros eletrónicos, por exemplo o formato EPUB, também não são diretamente acessíveis e ainda dão algum trabalho a transformar antes de poderem ser lidos.
Depois temos outro mercado que está atrasadíssimo em Portugal. Refiro-me aos áudio livros. Se procurarmos nas livrarias ainda são raros em língua portuguesa (PT) mas, felizmente, existem bibliotecas e projetos (Biblioteca Municipal de Coimbra, Instituto S. Manuel da Santa Casa da Misericórdia do Porto ou o Projeto Gaia Inclusiva) que têm já disponíveis centenas de títulos gravados com voz humana. Este mercado em Inglaterra ou nos EUA tem mais de vinte anos.
Bem, como se poderia resolver este problema das dificuldades no acesso à leitura pelos cegos? Existem três caminhos possíveis, pelo menos. (1) Atualizar a legislação que permita de forma livre e sem preocupações a transformação e partilha de livros digitais acessíveis. (2) Evoluir os softwares de leitura de ecrã e linhas braile ao ponto de conseguirem ler os formatos dos livros eletrónicos. (3) Os autores, sensíveis que estão para estas necessidades destes públicos especiais, darem instruções claras às suas editoras para que as suas obras sejam disponibilizadas mediantes certas condições. Por exemplo os livros serem dotados de licenças creative commans e serem distribuídos online.
Seja como for, o acesso à cultura é um direito de todos e seja de que forma for as coisas têm de mudar.
Deixo-vos com um escândalo nacional que está relacionado com os manuais escolares. Ainda temos alunos cegos a receber manuais tardiamente e nem sempre iguais aos dos seus colegas da turma, adotados pela escola, porque as editoras de livros didáticos, neste caso, acham que não podem produzir manuais acessíveis para os alunos mas podem produzir aplicações fabulosas, em formatos intrincados e inacessíveis para que os professores e os alunos ditos normais tenham o manual eletrónico todo bonitinho. A moda este ano são os manuais escolares disponibilizados em tablets e para os cegos chegam em braille semanas ou meses depois ou chegam no formato Daisy, um formato muito discutível na minha opinião.
Naturalmente as licenças livres, os repositórios de produtos educativos, em suma, a educação livre podem dar uma preciosa ajuda também para os nossos alunos com necessidades especiais. Cabe-nos a nós, que frequentamos este MOOC, começar a espalhar a ideia e a mensagem porque estes recursos novos ainda são praticamente desconhecidos na comunidade docente.
Os direitos de autor e as dificuldades de acesso à cultura pelos cegos
Penso que é oportuno neste módulo falar-se um pouco sobre as dificuldades que os cegos têm em aceder à cultura devido às questões de direitos autorais e por força das limitações na reprodução, cópia e transformação/adaptação dos livros para suportes acessíveis.
Permitam-me, antes de continuar, uma informação e uma espécie de declaração pessoal. Começando pela segunda, quero sublinhar que sou, naturalmente, defensor da proteção e respeito pelos direitos de autor e da propriedade intelectual. Um escritor, um músico, um pintor que vive da sua obra merece todo o respeito e consideração assim como os bens culturais que produz. A pequena informação que pero deixar diz respeito à existência de um diploma legal dos anos oitenta, se não me falha a memória, que já abria exceções e previa a possibilidade de se poderem fazer cópias, gravações em áudio ou reproduções em braille de livros ou partes de livros para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual.
Depois destes considerandos vamos então aos problemas. Efetivamente, um cego tem muitas dificuldades em ler livros acessíveis. Normalmente, um indivíduo com deficiência visual compra um livro, leva-o para casa, digitaliza-o num scâner, corrige essa digitalização porque os scaners não fazem um trabalho perfeito e depois sim, leem o seu livro num formato acessível, ficando com o exemplar em papel lá na estante, sem qualquer serventia. Ora, as editoras, elas sim as grandes culpadas no meu entender, têm emperrado aquilo que seria uma evolução natural, isto é, venderem os livros em formatos digitais acessíveis a quem deles necessitam. Na maioria dos casos os autores são os primeiros a não se importar com a disponibilização dos seus livros em formatos acessíveis mas as editoras, elas que recebem a parte de leão na venda dos livros, não estão para aí viradas.
Está a evoluir rapidamente o mercado dos e-books mas, mesmo aqui existem dificuldades porque os formatos mais populares dos livros eletrónicos, por exemplo o formato EPUB, também não são diretamente acessíveis e ainda dão algum trabalho a transformar antes de poderem ser lidos.
Depois temos outro mercado que está atrasadíssimo em Portugal. Refiro-me aos áudio livros. Se procurarmos nas livrarias ainda são raros em língua portuguesa (PT) mas, felizmente, existem bibliotecas e projetos (Biblioteca Municipal de Coimbra, Instituto S. Manuel da Santa Casa da Misericórdia do Porto ou o Projeto Gaia Inclusiva) que têm já disponíveis centenas de títulos gravados com voz humana. Este mercado em Inglaterra ou nos EUA tem mais de vinte anos.
Bem, como se poderia resolver este problema das dificuldades no acesso à leitura pelos cegos? Existem três caminhos possíveis, pelo menos. (1) Atualizar a legislação que permita de forma livre e sem preocupações a transformação e partilha de livros digitais acessíveis. (2) Evoluir os softwares de leitura de ecrã e linhas braile ao ponto de conseguirem ler os formatos dos livros eletrónicos. (3) Os autores, sensíveis que estão para estas necessidades destes públicos especiais, darem instruções claras às suas editoras para que as suas obras sejam disponibilizadas mediantes certas condições. Por exemplo os livros serem dotados de licenças creative commans e serem distribuídos online.
Seja como for, o acesso à cultura é um direito de todos e seja de que forma for as coisas têm de mudar.
Deixo-vos com um escândalo nacional que está relacionado com os manuais escolares. Ainda temos alunos cegos a receber manuais tardiamente e nem sempre iguais aos dos seus colegas da turma, adotados pela escola, porque as editoras de livros didáticos, neste caso, acham que não podem produzir manuais acessíveis para os alunos mas podem produzir aplicações fabulosas, em formatos intrincados e inacessíveis para que os professores e os alunos ditos normais tenham o manual eletrónico todo bonitinho. A moda este ano são os manuais escolares disponibilizados em tablets e para os cegos chegam em braille semanas ou meses depois ou chegam no formato Daisy, um formato muito discutível na minha opinião.
Naturalmente as licenças livres, os repositórios de produtos educativos, em suma, a educação livre podem dar uma preciosa ajuda também para os nossos alunos com necessidades especiais. Cabe-nos a nós, que frequentamos este MOOC, começar a espalhar a ideia e a mensagem porque estes recursos novos ainda são praticamente desconhecidos na comunidade docente.